Aos olhos de meu leão
Eu, que era fragilidade,
Por meio da falsa ausência de dor,
No devaneio da liberdade me deixei levar
Descobri-me nos domínios de um leão
E tomada pela coragem
Entreguei-me ao perigo de meu predador
E os seus olhos eram enigmas aos meus
Se frios, devorar-me-iam
Se tristes, devorar-me-iam
Se assustados, roubaria de mim o significado
E tentando defender-me de si
Mostrou o perigo de seu narcisismo de felino rei
E o que vi foi um ser movido por dor
E em mim também doía
E não importava o quanto doeria
Se fosse para saciar tua fome
Eu seria o alimento de sua alegria
E o amor do leão me devorou
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